quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O Cristianismo

"Não há um centimetro quadrado sobre a face da terra sobre o qual Cristo não clame: É Meu" Abraham Kuyper


Do Grupo de estudos em cosmovisão cristã


... A foto ao lado é do primeiro encontro do grupo de estudos em cosmovisão cristã da Igreja Presbiteriana do Eldorado, a qual congrego. Bem, este é um grupo do qual faço parte, e cujo o próprio nome já diz é um grupo que tem por objetivo estudar o desenvolvimento e aplicabilidade de uma cosmovisão genuinamente cristã.


A pergunta que vocês leitores devem estar fazendo é: Porque postar sobre isso no Blog da universidade? Bem, como é uma coisa que me influência a minha vida, são ideias que influênciam o meu pensar e que por mais incrivel que pareça alguns dos temas estudados tem muito a ver com comunicação, filosofia, sociologia. Por enquanto o grupo tem um caráter informal, mas temos um objetivo já para o próximo ano: Juntar alguns artigos que estão sendo produzidos em um livro. Nós nos baseamos em uma base institucional (algumas instituições já consolidadas que já fazem estudos do tipo e que desenvolvem congressos, como o L'abri, que abriga muitos estudiosos que inclusive tiveram formação acadêmica na UFMG) e uma base teórica desenvolvida por principalmente três autores principais: Abrahan Kuyper, Herman Dooyweerd e Francis Schaeffer.


Bem, mas afinal de contas, o que é cosmovisão cristã? Primeiramente temos ue entender o conceito de cosmovisão. Cosmovisão é um conceito que surgiu com o filosofo Kant, que sobremaneira nos irritou no vestibular, e que pode ser entendido, de forma bem simples, como uma visão de mundo. É claro que os conceitos filosóficos vão se adaptando a medida que o tempo passa e outros autores vão complicando (e Hegel e nietzsche vão complicar muito este conceito), mas se lembrarmos que esta é apenas uma simples postagem em um blog, vou ficar com esta concepção mais simples. Então, uma cosmovisão cristã seria uma forma peculiar de visão de mundo construida sobre a ótica do cristianismo.


Os conceitos chaves dos filosófos citados mais acima já estavam presentes do pensamento de calvino, que não caiu no vestibular, mas estava presente nos nossos estudos. Bem, falando muito brevemente de cada um. Kuyper, escreveu na segunda década do século 19. Ele chegou a ser primeiro ministro da holanda. A sua maior contribuição ao estudo da cosmovisão cristã é sua teoria de esferas de soberania que dá ao homem cristão uma maior integridade. Bem, a teoria dele é bastante interessante, envolve uma leitura muito peculiar do Gênesis e uma percepção muito aguçada do conceito de sociedade na construção de sua argumentação, porém eu não vou detalhar esta argumentação. Bem básico a conclusão dele é: A nossa vida e nossa sociedade é formada por diversas esferas: A esfera ética, a esfera politica, a esfera da fé, a esfera social, a esfera ambiental, a esfera econômica, a esfera estética, entre outras diversas esferas, que são ao mesmo tempo independentes e interconectadas, que estão debaixo de leis próprias criadas por Deus. Bem, o que isso quer mais exatamente dizer? Bem, um exemplo classico: A esfera estética tem como lei retratar através das artes o belo, os sentimentos entre outras coisas. A esfera da fé, tem por objetivo a afirmação da soberania de Deus na vida pessoal e coletiva. A esfera politica tem como objetivo garantir o funcionamento da sociedade e uma justiça social. Cada uma destas esferas têm leis próprias criadas por Deus, sendo que elas devem ser analisadas segundo os preceitos desta esfera (não se analisa uma obra de arte, vendo se ela expressa uma fé ou não, mas vendo as qualidades estéticas dela), ao mesmo tempo que ela pode conter criticas a politica, ou expressar a fé. Este pensamento de Kuyper é muito rico e liberta os cristão de um pensamento quase que dominante na época, de que os cristãos deveriam se manter a margem da sociedade. E mais, quando ele fala de uma soberania de Deus nessas esferas, ele também altera o conceito de liberdade. pois o iluminismo e o humanismo secular, em busca de se tornar livre, tenta acabar com a soberania de Deus e a troca por uma visão mecanicista de sociedade (e me fale se isso não soa um pouco a dialética do esclarecimento de Adorno e Hokeinmer?). O que as pessoas não percebem é que na verdade, soberania de Deus e liberdade humana são duas faces da mesma folha. Se é um Deus soberano que faz a lei, só se pode ser livre dentro da lei. Somos então livres dentro do que podemos fazer, ou seja uma passarinho é livre para voar, e tudo pode no vôo, mas ele não é livre para nadar. Da mesma forma, a verdadeira liberdade humana só existe na medida em que adimitimos que somente a vontade de Deus nos faz livres, pois do oposto viramos escravos de nossa própria mente, submetidos a viver nadando enquanto poderiamos voar. Basta ver, como muitas vezes a sociedade de hoje, ao tentar negar a existência de Deus provoca consequências negativas: Os jovens, sem perspectivas e condicionados a pensar em si mesmos como animais (que embora racionais) que têm extintos, e que tais instintos devem ser sempre satisfazidos, acabam caindo no mundo das drogas e se aprisionando por lá. O mesmo acontece quando um homem, ao tentar saciar o seu desejo e em nome de sua liberdade de saciá-lo, estrupa uma mulher. Tudo isto e muitas outras coisas são concebidas no seio de uma noção mecanicista de mundo.


Outro filósofo importante para o movimento é Hermam Dooyweerd. Ele foi além de um filósofo importante, um jurista e pensador politico. Sua principal contribuição para o movimento, foi a criação de um sistema filosófico-socilógico, que diferentemente de Marx, não colocava a econômia no centro da organização social, mas os chamados motivos-base religiosos. Para ele a sociedade se constrói em volta de suas crenças. Uma sociedade islâmica, por exemplo, tem sua forma econômica, suas relações sociais, suas formas artisticas em torno do motivo-base islâmico. Assim sendo, o motivo base é diferente da religião. O mesmo motivo base pode ser o fundamento de diferentes religiões, ou ser sem religião (por que o ateísmo tem motivo base, mas não é exatamente uma religião). Em seu livro "crepusculo do pensamento ocidental" ele faz uma pequena abordagem dos grandes quatro motivos-base da história da cultura ocidental. Três deles são baseados em dualismo: O Grego "natureza-forma" que se expressas nos dualismos entre a força da natureza, e as formas dos deuses, o Escolastico "Natureza-Graça" que surge no seio da idade média, e coloca um abistmo entre a natureza do homem e a graça de Deus, como coisas e processos distintos e o por fim o motivo base humanista "natureza-liberdade" que envolve a dominação de uma natureza que impede o desenvolvimento da liberdade. O quarto motivo base, seria aquele ue é genuinamente cristão, que prevê uma unidade: é o motivo base biblico "criação-queda-redenção" Qur prevê um homem criado a imgagem e semelhança de Deus, que foi criado para viver em uma sociedade integral, que envolve a criação artisitca, o desenvolvimento da razão e a da imaginação e de outros atributos igualmente divinos. Porém o homem foi manchado pelo pecado, que distorce a natureza integral do homem, e o faz se tornar idolótra e escravo de si próprio (como no pensamento de Kuyper) porém, todo esta escravidão é findada no sacrificio de Cristo, tornando o homem integral e livre outra vez.


O terceiro filosófo é Franci Schaeffer. Ele era um americano, que foi pra Europa no pós segunda guerra. Lá criou o instituo L'abri, que em Francês que dizer abrigo. Bem, qual o projeto dele? Ele percebia que havia uma tristeza e uma falta de perspectiva na europa pós guerra. As pessoas não viam mais no evangelho o sentido da vida. Então ele pensou " Se o evangelho for verdade. é verdade para todas as areas da vida. Logo, ou o evangelho é mentira, ou está sendo pregado de uma forma diferente." Logo, ele estabeleceu seu objetivo: Relacionar através de estudos e atividades sociais, a aplicabilidade do evangelho em todas, digo todas, as áreas da vida. Logo, o L'abri desenvolveu estudos sobre comportamento e critianismo, economia e cristianismo entre outras coisas... O próprio Schaeefer escreveu muita coisa sobre filosofia e arte. Na filosofia, um de seus livros mais interessante é A Morte da Razão, que baseando-se em Dooyweerd faz uma critica à filosofia ocidental que segundo ele, provocou um Abismo muito grande entre Sentimento e razão, entre fé e ciência, que faz com que coisas que na verdade são complementares e interdependentes se mantenham separada. Sua critica é outra que se assemelha muito as idéias dea dorno e de outros filosófos e pensadores vistos e teorias da comunicação e teorias democraticas.


Então, a base dos estudos de cosmovisão cristã são bem claras: Desenvolver uma percepção de mundo cristã, que não caia ao relativismo total que vemos hoje em dia, e tentar unificar novamente a razão e os sentimentos e a fé, que foram separadas gradualmente ao longo da filosofia ocidental.

A primeira entrevista a gente nunca esquece...

"O som para mim é tudo, até porque eu vivo do som" Gilberto Corrêa


Considerações sobre a Oficina de Som e Sentido.


No primeiro semestre tive uma matéria perfeita. Era a oficina de Som e sentido. Nesta disciplina, eu adentrei completamente no universo sonoro. Era quase que uma semiótica aplicada do som. Aprendi a perceber os sons em um universo dominado pela imagem, mas ao perceber tais sons, descobri que eles também produzem sentidos, e muitas vezes reforçam o valor da imagem.


O professor Elias Santos, foi ótimo (e é uma ótima figura, é só assisti-lo quase todas as tardes no SBT, para ver isto), e nos deu uma grande oportunidade: Apresentar em uma rádio, o nosso trabalho. E nós então (meu grupo) levamos ao ar um tabalho que a meu ver foi maravilhoso: Uma entrevista com o Sonoplasta Gilberto Corrêa. Nas incriveis vozes de William Viegas e Thais Amélia (meus colegas de grupo) e com a  grande Ajuda de Marcos Nunes e Eu na edição, fizemos uma primeira entrevista jornalistica, em que além de aprendermos a trabalhar o som, aprendemos a trabalhar em grupo e a aceitar idéias que nos questionam. Aprendemos, que quando tudo parece que vai dar errado, o resultado pode ser muito bom. Não que a entrevista esteja perfeita, mas dentro da nossa capacidade de "calouros" ela estava muito boa. Então, antes de deixar o link para vocês, queria deixar meus sinceros agradecimentos ao Wiiliam Viegas, a Thais Amélia, ao Marcos Nunes, ao Elias Santos e ao Gilberto corrêa, por terem me ensinado mais do que simplesmente produzir uma entrevista pra rádio.


 


Então, para matar o gosto de ouvir a entrevista, clique AQUI.



Pequena lementação antinazista

“Se tudo se tornou duvidoso, então pelo menos a dúvida é certa e real.” Hannah Arendt


Uma postagem descompromissada e com o intuito de lamentar o passado nazista.


Devo aditir que criei esta postagem simplesmente por que estava triste. Se você não quer ficar deprimido comigo, ou simplesmente não se sensibiliza com o problema dos outros, uma dica: Feche a página.


Tudo começou com o projeto A1. Queria ver se entendia um pouco de uma época da humanidade, que definitivamente não foi muito legal. Queria compreender um pouco mais a fundo a Alemanha Nazista. Agora me pergunto se não fui fundo de mais. Até pouco tempo atrás só havia visto uma ou outra imagem, um ou outro video. Alguns eram fortes sim, mas eram poucos para que eu não me sensibilizasse o suficiente. Sempre ouvia uma cifra: 6 milhões de mortos, mas o que isto significa para um mente pouco numérica?


Ouvi a um tempo atrás que eu precisava sentir paixão pelas almas. Acho que na época, isto entrou na monha cabeça apenas como poesia. Não era algo que eu realmente sentia ou praticava... Afinal, o que é paixão pelas almas? Acho que é uma coisa que envolve vários estágios, e um dele é a angustia. É algo que eu comecei a sentir um pouco depois que comecei a fazer este trabalho. Afinal, como é possivel ver o estágio onde chegamos, sem se angustiar?


Simplesmente foram assassinados 6 milhões de Judeus! 6 milhões! 6000000 de seres humanos! Pessoas assim como eu e você que está lendo lendo este texto: Que sentem, que amam, que respiram, que praticam esportes no final da tarde, que têm uma fé, que ouvem musica, que estudam, que tem medo, que sentem dor e que fazem mais uma poção de coisas que você faz! E o que as outras pessoas fizeram? Simplesmente diziam que não sabiam de nada! Como assim não sabiam de nada? Eles Chingavam os judeus na rua, apedrejavam, cuspiam... Eles viam seus filhos aprender na escola, que os judeus eram o mal da sociedade e que deveriam ser aniquilados. E o pior de tudo: Seis milhões de pessoas desapareceram e o que eles disseram? NÃO SABEMOS DE NADA! NÃO VIMOS NADA! Como que eles não viam? Ou será que não queriam ver?


Hannah Arendt escreveu um livro sobre o nazismo, em que cunha o termo: A banalidade do mal. Ainda não consegui ler o livro (é uma fila enorme a reserva para ele!), mas conta o julgamento de um funcionario do governo nazista que trabalhava com os campos de concentração, e sua defesa era que aquilo que fazia diariamente era a tarefa que lhe havia sido ordenada, e que era apenas um funcionario público! O livro se chama "Eichmann em Jerusálem: Um relato sobre a banalidade do mal". E é realmente isto que aconteceu: O mal se tornou algo banal. Não queriam ver o que estava acontecendo, por que simplesmente achavam banal!


No fundo, o que estava acontecendo com os alemães era o que eu vi que estava acontecendo comigo: Não conseguia sentir paixão pelas almas. E sabe o que acho que é mais triste? Quase setenta anos depois, esta geração, a minha geração não sente paixão pelas almas! Ninguém se sensibiliza com os problemas do outro, só pensam nos próprios problemas! As pessoas não vêm mais o sentido da vida, fora de si próprio, o máximo que consenguem ver além de si são os bens de consumo (não que consumir é errado, mas tornar o que se consome em sentido de viver é o fim!). Aprendi durante uma disciplina que para Hannah Arendt, o sentido da vida estava em construir algo que estive além da própria vida. Aprendi com Jesus, que muitas vezes, alguém do meu lado chama por socorro. Aprendi que é preciso sentir uma paixão por estas pessoas. Aprendi, que é impossivel ver as imagens abaixo e não chorar, por que se já não choramos é por que já não estamos nem ai para o mundo. Aprendi, que talvez seja trabalho do jornalista, tentar fazer com que as pessoas sintam paixão pelas almas.


gueto de varsóviaauschwitz











morte





















E vejam também este filme aqui. Até que ponto chegamos?


Pequenas aventuras no Universo do Designer

"Cantem os povos ao senhor


A Ele o louvor


A majestade, ao rei dos reis


O verdadeiro Deus o Eu sou" Oficina G3


Uma oficina de Designer em comunicação.


Acho que um bom começo para este tópico é realmente o trecho desta musica. Oficina G3 é a minha banda preferida... E eu a descobri em um momento de grandes dificuldades: A Época do vestibular. Muitas de suas letras refletiam o que eu vivia e ainda vivo, mas esta música em particular, chamada A Ele, marcou a minha vida extamente no momento em que soube que eu passei no vestibular. Era um canto de agradecimento a Deus.


Talvez, seja estranho contar esta história em um tópico em que eu deveria falar de uma disciplina chamda Oficina de Designer em comunicação. Quando o professor, falou que o trabalho final seria fazer a imagem de uma banda e a diagramação de uma letra desta banda, eu sábia que não poderia ser outra banda, e nem ser outra musica.


O resultado está abaixo:


oficina g3


A ELE


Eu comecei a falar da disciplina pelo final, e é claro que fizemos varias atividades além dela. Acho que o principal ponto desta disciplina foi conseguir observar além da própria imagem. Foi algo como semiótica aplicada...


Outro trabalho interessante foi um que nós tivemos que planejar uma propaganda de um cruzeiro, que fosse um barco montável. Apresento a vocês, as duas faces da propaganda.


parte da frente































Bem, eu achei que foi uma disciplina muito boa para se fazer. Se alguém Parte de trasquiser curtir a musica do Oficina G3, ela está disponivel aqui:





A arte do terror

"A arte é a mentira que nos permite conhecer a verdade." Pablo Picasso


Considerações sobre a arte nazista


Quadro de HitlerO fato de que a arte comunica é bem documentado através da história. É muito provavelmente por conta deste conhecimento que Goebbels, como ministro da propaganda nazista, investia muito na arte. Sabe-se também que o próprio Hitler tinha interesse em estudar belas-artes (Algumas pessoas dizem que foi um pintor mediocre, mas pelo menos deste quadro ao lado eu gostei...).


Voltando ao Goebbels, o seu esquema de comunicação incluia quase todas as artes: da literatura ao cinema, passando pelas belas artes e pela musica. Bem, a estética nazista tentava captar o que era a cultura alemã enraizada, para isto eles rejeitavam as vanguardas modernistas e valoriazavam o classico e o estilo gótico. A arte devia exalatar o corpo e a guerra (atos heróicos) e expressar o papel da mulher como dona de casa e reprodutora. Era inaceitável que uma pintura não expressasse a realidade. Na musica, temos por exemplo esta celebração do aniversário de Hitler, onde é tocada a nona sinfonia de bethoven. Aqui estão também, a titulo de curiosidade o hino nazista e o hino da juventude hitlerista (lembrando que eles são permitidos no brasil apenas para uso didatico, embora estejam disponiveis no You tube).


É claro, que outra caracteristica exigida para uma obra de arte ser aceita é que o autor da obra fosse ariano puro. Acho que só o que vimos nas aulas de teoria democrática, e teorias da comunicação sobre pensadores como Adorno, Benjamim ou Hannah Arendt já nos dão uma idéia interessante sobre o que poderia acontecer com um artista judeu (ainda mais se fosse marxista...).


Aqui alguns dois quadros que foram aprovados pela estética nazista, o primeiro é "Familia e camponeses de Kalemberg", pintado por Adolph Wissel em 1939 e mostra a centralidade da familia, e se repararmos o papel da mulher. O outro é de 1936, de Albert Janesh, chamado "Esportes aquaticos", e explora muito a tematica do corpo ariano.


fmilia arianaaud












Houve também, em Munique, em 1937, a exposição de arte degenerada, cujo o objetivo era contrastar a arte não-nazista com a nazista, a satirizando. Por incrivel que pareça, eram rejeitados grandes artista como Kandisky, Klee e (pasmem!) Picasso. Habilidosamente eles misturaram obras feitas por doentes mentais junto a obras de pintores renomados e disporam todas as obras de forma caótica - Tudo com o intuito de provocar desprezo nas pessoas. Abaixo, alguns quadros do Klee (não sei se eles estavam entre os quadros dele, na exposição, mas são exemplos classicos do que concerteza Hitler chamaria de arte degenerada).


hklee












Agora, para finalizar, não poderiamos esquecer do maior legado deixado pelos nazistas. Não creio ter sido uma obra de arte, mas foi a obra prima deles. Assim como a arte moderna os chocou, esta obra chocou o mundo, e marcou o século XX. Não foi bela, não foi legal, mas é algo que nunca devemos esquecer, simplesmente para que ninguém tente imitá-los. Então, posto aqui uma pequena imagem silênciosa, em homenagem a 6 milhões de pessoas que me motivaram a começar esta pesquisa:


holocauto.





Refências bibliográficas


DIEHL, Paula. Propaganda e persuasão na Alemanha nazista. São Paulo: ANNABLUME, 1996.


D’ALESIO, Marcia Mansor; CAPELATO, Maria Helena. Nazismo: Politica, Cultura e Holocausto. São Paulo, Atual, 2004.


O Construtor de Pontes...

"O meu idel politico é a democracia, para que todo homem seja respeitado como individuo e nenhum venerado." Albert Einstein


Da Introdução a teoria democratica à arquitetura nazista (Passando pelo projeto).


Existe um professor na Fafich que teria se dado bem na arquitetura. O nome dele é Ricardo Fabrino e ele adora fazer pontes. Na verdade ele dá aula sobre teorias democraticas, mas sendo ele da área de comunicação (o que para uma turma da comunicação, é algo bom.). As pontes que ele faz não são de concreto, mas são de idéias filosóficas. Somente nas aulas dele nós aprendemos que relação existe entre Hanna Arentd e a escola de frakfurt (ou o caso dela com um dos maiores filosófos do século XX, só não cito o nome por que o cara era casado e fofocar é feio...) ou então a relação entre Rosseau e o nazismo... Ligações interessantes que tornaram uma disciplina, que parecia chata (na primeira aula, tal impressão se desfez) em uma das melhores matéria do curso até o presente momento. É talvez por que as teorias democráticas tem mais a ver com comunicação do que eu pensava, e tem muito a ver também com a nossa vida, com a nossa vontade de lutar por nossos direitos, com o nosso voto... É realmente uma ótima matéria que sempre recomendarei.


Agora, já que estamos falando de pontes, que tal falar um pouco de Arquitetura (e falar do meu projeto também...). Bem, nunca pensei muito em arquitetura, até que durante a leitura de um dos livros do meu projeto, Propaganda e persuasão na alemanha nazista, citou a arquitetura como uma das formas de propaganda usada pelos nazistas! Ou seja, a arquitetura comunica, e passa uma ideologia e nos faz sentir coisas! ( Arquitetura como forma de comunicação bem que seria um bom tema para uma tese...) No nazismo, ela era usada para expressar certos ideias de grandeza, de monumentalidade que faziam as pessoas se sentirem pequenas diante dele. Era muito influênciada pelos modelos greco-romanos, e também passava a idéia de rigidez e organização. Tudo isso para impressionar as pessoas.


Vejam, por exemplo, como ess\as imagens, como esses conjuntos arquitetonicos tentam mostrar imponência ( e se imagine como um judeu, sendo perseguido pelos construtores desses prédios, passando por eles, sabendo que seus inimigos estão por ai... e você vê esses predios, passeando pela berlim, fala se não ficaria com medo... Embora, é claro, não se pode negar que pelo menos na hora de fazer prédios, os nazistas tinham bom gosto.)


Palacio nazista



Projeto de Berlim Berlim















Olimpiadas


As duas ultimas imagens são da grande pista olimpica, e as duas penúltimas são o projeto de Berlim.


Acho que por hoje é só...

A onda

"As grandes massas cairão mais facilmente numa grande mentira do que numa mentirinha." Adolf Hitler

Das reflexões de um filme às teorias da comunicação (Passando pelo projeto)A onda


Esta semana vi para a disciplina de projetos o filme A onda. Ele tem uma receita incrível: Adolescentes sem perspectiva, um estranho experimento em sala de aula e algo que se assemelha ao nazismo. E um pequeno detalhe que deixa o filme um pouco mais assombroso: Ele é baseado em fatos reais (embora, tenha descoberto que o filme exagerou um bocadinho).


Rainer, um professor anarquista precisa dar aulas sobre os governos totalitarios, quando em plena discussão os alunos falam que algo como o nazismo nunca se repetiria na alemanha atual (o filme é alemão). Com isso na cabeça, o professor decide fazer um experimento nazi-facista em plena sala de aula. Para isto ele começa a aplicar algumas das premissas do nazismo como o amor pela disciplina e a valorização do grupo. Resultado: Os alunos (com duas exceções) acabam gostando e se tornam nazistinhas. E ainda: o que começou em uma sala foi se alastrando pela escola. Entre as proporções numéricas e atitudes do novo grupo, e o protesto das duas estudantes que não gostaram nada do que estava acontecendo a narrativa vai se construindo e desembocando para um final surpreendente.


Este filme traz preciosas reflexões. A primeira remonta a como uma certa falta de perspectivas da juventude atual pode ser encarado como um dos motivos do crescimento do neonazismo. Ora pois, se não encontramos sentido em nossa vida, encontraremos sentido para ela dentro de um grupo que é maior do que nós. A prova disto era Tim, o jovem mais excluido da turma, que acabou até mesmo tratando com as drogas no inicio do filme, mas que foi um dos que mais se identificaram com a experiência ( e o final do filme mostra muito bem isto hehehe). No interior do grupo ele passa a ser alguem que recebe atenção dos outros, e o próprio grupo passa a ser o sentido de sua vida! E sendo a o grupo esse sentido, ele faria tudo pelo grupo. Esta falta de sentido e perspectiva era a mesma que afetava a Alemanha pós primeira guerra. Vencida, humilhada, pisoteada ela era uma nação que já não via mais o sentido na própria existência, os indivíduos vitimas da fome e da crise encontraram um sentido no grupo-nação. Este foi um dos principais pontos da propaganda nazista: Valorizar o grupo.


Uma segunda reflexão tem a ver com as teorias da comunicação. Primeiramente, surgiu nos Estados Unidos o Mass Comunication Ressarch. Todas as outras teorias basicamente surgiram em sentido contrario a ela. Quando vejo porém este filme e mais especificamente estudo o que realmente aconteceu na Alemanha nazista, eu penso que o Mass Comunication Ressarch não é assim tão absurdo como falam os outros estudiosos. Ora pois, como não acreditar que os meios de comunicação possuem um grande poder (Apenas grande, mas não ilimitado como julgam as pessoas) se a alemanha nazista mostra que é realmente isto que aconteceu? Temos de um lado A ideologia nazista, do outro uma nação inteira reproduzindo esta ideologia. É claro que muitas pessoas não apoiaram o regime, tanto que no próprio filme duas meninas não concordam com o que acontece.


Uma terceira reflexão tem igualmente a ver com teorias da comunicação. Tem a ver em como a teoria critica ajuda a explicar essa experiência. Temos em Adorno e nos outros Frankfurtianos (ou estudiosos da escola de Frankfurt) uma verdadeira crítica a uma certa irracionalidade da massa, às ideologias e a uma certa industria cultural. Parece uma critica feita diretamente ao nazismo (embora não nescessariamente ao nazismo). Tal fato pode ser explicado também pelo contexto em que surgiu a escola de Frankfurt: Na época do surgimento do nazismo. Talvez é por isso que eles eram tão pessimistas (e talvez também pelo pequeno fato de serem Judeus e comunistas, uma combinação um tanto perigosa para a época e que fechou um pouco o cerco para a época).


Como os professores disseram, bem, não é a hora exata de começar a fazer análises, e bem como não sei até onde avancei neste pequeno texto, acho apropriado parar por aqui. Só uma pequena observação.http://i1.r7.com/data/files/2C92/94A4/296B/B6A8/0129/6D12/66BB/6A89/a-lenda-dos-guardioes-poster-500-700-01.jpg Ontem eu havia ido ao cinema com alguns amigos para ver Tropa de Elite, mas os ingressos já haviam sido esgotados. Então decidimos assistir a Lenda dos guardiões, que tem essas pombas como protagonistas. Por incrível que pareça, o filme parece com uma interessante critica ao nazismo. Temos um vilão que quer dominar o mundo das aves, sob o pretexto de fazer parte de uma raça de passaros superior às outras, temos uma "ditadura" dele sobre algumas aves menores que são alienadas ao dormirem olhando para a lua. Esse discurso racista no entanto é o que dá mais relaçõe com nazismo... Vale a pena ver só para fazer estas comparações.


Agora, Se ficou curioso com o filme A onda, pode assistir o trailler Aqui. Ele pode ser facilmente encontrado nas locadoras.

Primeiro, Segundo e Terceiro...

"Uma parte de mim
é só vertigem:http://www9.georgetown.edu/faculty/irvinem/theory/peirce-semiosis.gif
outra parte,
linguagem.

Traduzir uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de
vida ou morte
será arte?"

Ferreira Gullar


Da introdução aos estudos da linguagem.


Creio eu que cerca de 50% da turma ficou traumatizada com uma disciplina chamada Introdução aos estudos da linguagem. Foi algo bem diferente do que todo mundo imaginava, afinal estavamos ainda em um momento de primeirade (termo aprendido na disciplina) do curso. Não vou dizer que foi uma  disciplina fácil, mas foi algo que me interessou. Embora haja muitas controversas sobre o assunto, a rigidez da professora foi um aspecto positivo, se não nós não teríamos aprendido algo tão complexo como os fundamentos da semiótica.


A disciplina abriu os nossos olhos para perceber alguns dos fundamentos da constituição do sentido. Tambem fui surpreendido quando descobri uma segunda face de um dos meus escritores prediletos, Umberto Eco (que decaiu um pouco do meu favoritismo, após a leitura de " O pêndulo de Foucault", mas isso não vem muito ao caso, não é mesmo?) que se mostrou um ótimo semioticista.


Uma das coisas legais que fizemos foi assistir ao video ilha das flores (que esta disponivel no you tube, se clicarmos aqui.) e depois percebermos um pouco da estrutura de significação deste documentário. Realizamos alguns seminários que trouxeram uma certa materialidade concreta (ou uma secundidade) ao que parecia ser puramente teórico. No final da disciplina tambem fizemos uma análise semiótica de uma capa de revista a nossa escolha e da fotografia tirada por um fotógrafo, chamado Arko Data (cujo uma pequena pesquisa, me fez ficar interessado em suas fotografias).


Aqui estão a capa da revista e a foto:


 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiu53L5BN7JhrphEDFRID9-DZL5D6vJmXnbaTSgjYD95yq8GikJ1sxDNQL3vAV0kp3WX2c1vzjo8GF6hEklkhLIdajFQVjhfgoQHwFIooGb5bhLV9di5UVPDwGTj49hXqkPLipjsxYgrxA/s320/Revista+Veja+-+Ajuda+para+Morrer.pnghttp://coromandal.files.wordpress.com/2009/08/arko-datta-india-tsunami.jpg


 


 


 


 


 


 


 


 


 


Bem, análise da capa de revista está disponivel aqui: http://textosfacul.blogspot.com/2010/10/trabalho-1-analise-da-capa-da-revista.html


E uma outra atividade que tambem gostei de fazer, foi uma analise do filme "o enigma de Kaspar Hauser, que pode ser encontrado aqui (a análise, o filme se uiser vê, que vá a locadora e alugue....): http://textosfacul.blogspot.com/2010/10/analise-de-kaspar-hauser.html


Por fim acho que por enquanto é só isso que eu tenho a falar da disciplina... A proposito, o poema do Ferreira Gullar citado mais acima, foi um dos poemas que achei durante a pesquisa para um dos seminários, e simplesmente vi que tinha tudo a ver com a disciplina... não é mesmo?

Heil Hitler!

Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos. Romanos 1.27


http://avinha001.files.wordpress.com/2010/03/344_1423-hitler.jpgPequenas considerações sobre o nazismo.


Heil Hitler era o cumprimento de ordem na alemanha entre os anos de 1933 e 1945. O Fürer era visto como um Deus, como a solução da nação e como a resposta de todas as orações do povo alemão. Pra não dizer que eu exagero, é só ver como era a oração ensinada as crianças:" Fürer, meu Fürer que Deus me deu. Proteja e conserve por muito tempo a minha vida. Tu salvaste a Alemanha dos abismos da miséria. É a ti que devo o pão de cada dia. Conserva-te muito tempo junto de mim, não me abandone. Fürer, meu Fürer, minha fé, minha luz. Salva-me, meu Fürer."¹


Afinal de contas, o que o hitler tem a ver com a minha vida acadêmica? Neste semestre começamos a disciplina Projetos A 1 e o tema que eu escolhi foi " o uso da comunicação na Alemanha nazista. Escolhi este tema, primeiro por que a leitura de certos livros ( como A Menina que roubava livros²) e aulas sobre o assunto no meu ensino médio povoaram a minha imaginação sobre a época, sendo que ficar colecionando depoimentos de época e até mesmo filmes se tornou um dos meus passatempos favoritos.


O segundo motivo tem uma dimensão mais ética. Ver como a comunicação era usada na época, nos leva a refletir sobre como ela é usada hoje, e nos faz pensar em semelhanças e diferenças, para que o horror não se repita. Afinal, foi o mesmo Hitler endeusado na imagem acima que provocou o massacre representado na imagem abaixo:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/holocausto/imagens/holocausto6.jpg


Tal projeto consiste em observar as propagandas impressas e audiovisuais (aqui entra documentarios, filmes e discursos) e tambem assistir alguns filmes atuais sobre o nazismo, para entender um pouco do ar da época.


Apesar de os professores dizerem que não devemos analisar nada, este trabalho já me fez construir varias pontes, como diria o Ricardo Fabrino, professor de Introdução a teoria democratica, com as outra disciplinas do curso, como teorias da comunicação, introdução a teoria democrática, introdução aos estudos da linguagem (cujo os colegas ficaram traumatizados) e história social dos meios. A minha coordenadora neste projeto é a Vera Veiga França.


A proposta deste projeto pode ser encontrada aqui.


Por hoje é só.







¹ trecho do livro Nazismo: Politica, cultura e holocausto, da série discutindo a história da ATUAL EDITORA, cujo as autoras são Marcia Mansor D'alésio e Maria Helena Capelato.


² Livro de Markus Zusak.

Pequeno prólogo de um aspirante a jornalista

Assim eu me esforcei para compreender a sabedoria, bem como a loucura e a insensatez, mas aprendi que isso também é correr atrás do vento. Ec. 1.17


Acho que as palavras de Salomão são um bom começo pra explicar como vim parar aqui. Até um ano atrás eu nunca havia nem sonhado em ser jornalista, e no fim acabei descobrindo uma profissão que aprendi a amar. O que aconteceu foi algo do tipo: Eu queria fazer história ou letras, meu pai queria que eu fosse engenheiro e minha mãe que eu fosse advogado. O resultado foi o jornalismo.


Por incrível que pareça mesmo escolhendo a profissão alguns dias antes de acabar a inscrição para o vestibular, não foi uma escolha tão brusca como algumas pessoas imaginam. O mundo da comunicação sempre me fascinou, e eu me lembro de quando eu era criança e adorava brincar de jornalista, ou de o quanto eu adorava aqueles trabalhos de ensino médio que envolviam escrever jornais e revistas. Só não havia percebido que era o que eu queria.


Em toda indecisão e pressão que o vestibular provoca, acabei me esforçando para compreender os segredos das sabedorias e das ciências, de quais poderiam me ajudar a entender o mundo e eis que percebi que "tudo é vaidade e correr atrás do vento" (Ec. 2.17). Vaidade é uma palavra, que em sua língua original tem o significado de neblina e apresenta uma idéia de efemeridade. Não que eu ache que o conhecimento seja o efêmero, mas o objeto do conhecimento e da sabedoria, esse sim é efêmero, assim como a própria vida do homem.


Mas o que é mais efêmero do que a própria notícia? Do que a pequena tentativa de eternizar o que está fadado ao esquecimento? É talvez esse um dos motivos que me levaram a escolher o jornalismo e a comunicação como profissão, pois por mais que estivesse correndo atrás do vento, eu sempre soube que chegaria a algum lugar, e é isto que torna levemente mais interessante a nossa pequena jornada. Outro fato decisivo para esta escolha foi uma matéria da internet que a minha professora de geografia distribuiu para os alunos, quando estudávamos a dinâmica do mundo contemporâneo. Essa matéria me emocionou a tal ponto que me fez perceber que era isto o que eu queria: Emocionar as pessoas como aquela matéria havia me emocionado, eternizar nas pessoas, a vaidade do mundo.


Acho por isto, muito pertinente para concluir a minha postagem, deixar o link desta matéria, que foi o prólogo da minha jornada de aspirante a escritor.


Quem Cria lobos... Por Fritz Utzeri