quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Pequeno prólogo de um aspirante a jornalista

Assim eu me esforcei para compreender a sabedoria, bem como a loucura e a insensatez, mas aprendi que isso também é correr atrás do vento. Ec. 1.17


Acho que as palavras de Salomão são um bom começo pra explicar como vim parar aqui. Até um ano atrás eu nunca havia nem sonhado em ser jornalista, e no fim acabei descobrindo uma profissão que aprendi a amar. O que aconteceu foi algo do tipo: Eu queria fazer história ou letras, meu pai queria que eu fosse engenheiro e minha mãe que eu fosse advogado. O resultado foi o jornalismo.


Por incrível que pareça mesmo escolhendo a profissão alguns dias antes de acabar a inscrição para o vestibular, não foi uma escolha tão brusca como algumas pessoas imaginam. O mundo da comunicação sempre me fascinou, e eu me lembro de quando eu era criança e adorava brincar de jornalista, ou de o quanto eu adorava aqueles trabalhos de ensino médio que envolviam escrever jornais e revistas. Só não havia percebido que era o que eu queria.


Em toda indecisão e pressão que o vestibular provoca, acabei me esforçando para compreender os segredos das sabedorias e das ciências, de quais poderiam me ajudar a entender o mundo e eis que percebi que "tudo é vaidade e correr atrás do vento" (Ec. 2.17). Vaidade é uma palavra, que em sua língua original tem o significado de neblina e apresenta uma idéia de efemeridade. Não que eu ache que o conhecimento seja o efêmero, mas o objeto do conhecimento e da sabedoria, esse sim é efêmero, assim como a própria vida do homem.


Mas o que é mais efêmero do que a própria notícia? Do que a pequena tentativa de eternizar o que está fadado ao esquecimento? É talvez esse um dos motivos que me levaram a escolher o jornalismo e a comunicação como profissão, pois por mais que estivesse correndo atrás do vento, eu sempre soube que chegaria a algum lugar, e é isto que torna levemente mais interessante a nossa pequena jornada. Outro fato decisivo para esta escolha foi uma matéria da internet que a minha professora de geografia distribuiu para os alunos, quando estudávamos a dinâmica do mundo contemporâneo. Essa matéria me emocionou a tal ponto que me fez perceber que era isto o que eu queria: Emocionar as pessoas como aquela matéria havia me emocionado, eternizar nas pessoas, a vaidade do mundo.


Acho por isto, muito pertinente para concluir a minha postagem, deixar o link desta matéria, que foi o prólogo da minha jornada de aspirante a escritor.


Quem Cria lobos... Por Fritz Utzeri

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